Existem outros layouts de teclado além do QWERTY? Conheça modelos

A organização de letras, números e símbolos no teclado é tão familiar para quem usa computador que passa despercebida.

Mas o que poucos sabem é que a famosa sequência QWERTY (cujo nome vem do posicionamento das primeiras seis letras da fileira superior) não é a única existente.

Criado ainda na era das máquinas de escrever, o layout se tornou padrão mundial, mas outros modelos surgiram com propósitos variados: melhorar a ergonomia, acelerar a digitação ou facilitar o uso em diferentes idiomas e alfabetos. Conheça outras variações:

Outros teclados além do QWERTY

QWERTZ

Trata-se de uma variação do QWERTY, sendo um teclado bem comum na Alemanha, Áustria e outros países da Europa Central.

A principal alteração está na inversão entre as teclas “Y” e “Z”, já que o “Z” é muito mais frequente em alemão. Inclui teclas dedicadas a letras como “ä”, “ö”, “ü” e ao símbolo “ß”.

Modelo de teclado QWERTZ • Wikimedia Commons
Modelo de teclado QWERTZ • Wikimedia Commons

AZERTY

Sua principal diferença em relação ao QWERTY está na troca das letras “A” com “Q” e “Z” com “W”. Além disso, ele facilita o acesso a acentos e caracteres como “é”, “à” e “ç”, comuns na língua francesa.

Esse layout atende melhor às necessidades linguísticas dos falantes de francês e, por isso, é amplamente utilizado em países de língua francófona, como França e Bélgica. Além disso, o AZERTY oferece mais agilidade na escrita e praticidade no uso de símbolos específicos.

Modelo de teclado AZERTY • Wikimedia Commons
Modelo de teclado AZERTY • Wikimedia Commons

Dvorak

Foi desenvolvido por August Dvorak (1894-1975), na década de 1930, com o objetivo de tornar a digitação mais rápida e confortável. Para isso, a concepção do teclado teve como objetivo manter a lógica mecânica do QWERTY, reorganizando as teclas com base na frequência de uso das letras e na alternância entre as mãos.

Assim, as mais comuns estão na linha central do teclado (chamada home row): as vogais A, O, E, U, I; as consoantes D, H, T, N, S. Em tese, isso reduziria o deslocamento dos dedos e melhoraria a ergonomia.

Modelo de teclado Dvorak • Wikimedia Commons
Modelo de teclado Dvorak • Wikimedia Commons

Colemak

Surgiu como uma resposta ao QWERTY e ao Dvorak, sendo criado em 2006. Ele promove mudanças na posição das letras, mas mantém atalhos de comando (como Ctrl+C e Ctrl+V) em posições familiares e preservando grande parte do layout tradicional.

Ainda assim, ele não possui a tecla CAPS LOCK, sendo substituída por uma adicional de BACKSPACE.

Com isso, o Colemak se apresenta como uma opção intermediária para quem busca ergonomia sem ter que reaprender completamente a posição das teclas.

Modelo de teclado Colemak • Wikimedia Commons
Modelo de teclado Colemak • Wikimedia Commons

BÉPO

Inspirado no Dvorak, o BÉPO foi desenvolvido especificamente para o idioma francês. Ele reorganiza o teclado com base em análises de frequência de letras e combinações comuns na língua, além de incluir símbolos matemáticos e letras acentuadas.

Embora demande um período de adaptação, o BÉPO oferece maior conforto e eficiência para quem escreve muito em francês, especialmente em contextos profissionais ou acadêmicos.

Modelo de teclado BÉPO • Wikimedia Commons
Modelo de teclado BÉPO • Wikimedia Commons

MALTRON

Esse layout tem como objetivo responder o formato das palmas das mãos. Desenhado na década de 1950, ele divide, basicamente, o QWERTY em cinco: no bloco central ficam os números e outras teclas, abaixo dele mais dois blocos com teclas especiais, e nas duas extremidades as letras.

Modelo de teclado MALTRON • Wikimedia Commons
Modelo de teclado MALTRON • Wikimedia Commons

Teclados em países de língua não latina

Em países que utilizam a língua ou utilizam o alfabeto latino, algumas adaptações são feitas para determinadas localidades.

Na Rússia, por exemplo, onde se usa o alfabeto cirílico o padrão adotado é o JCUKEN, que reorganiza completamente as teclas para acomodar letras e sons específicos da língua russa.

Já os países que utilizam alfabetos árabes adotam teclados baseados no sistema abjad, em que apenas consoantes são representadas na escrita. Os teclados árabes possuem uma disposição própria, com símbolos visivelmente diferentes dos latinos.

No Japão, o layout QWERTY, com o alfabeto latino, é usado, mas uma pequena adaptação é feita no periférico, que acompanha os kanas.

Modelo de teclado japonês • Wikimedia Commons
Modelo de teclado japonês • Wikimedia Commons

Fonte: CNN Brasil

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