Projeto reúne instrumentistas e cantoras da cidade em rodas semanais no Bar do Alex, em Santa Rosa, com entrada gratuita e contribuição colaborativa.
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O coletivo Mulheres no Samba estreia roda fixa em Niterói a partir de 7 de novembro, reunindo artistas locais e celebrando o protagonismo feminino no samba. Saiba onde e como participar.
Um novo palco para o samba feito por mulheres
O samba feminino vai ocupar de vez o cenário musical de Niterói. A partir do dia 7 de novembro, o coletivo Mulheres no Samba estreia uma roda fixa no Bar do Alex, em Santa Rosa, sempre às sextas-feiras, das 18h às 21h. O evento é gratuito, com contribuição colaborativa via ChaPix, e busca fortalecer o protagonismo das mulheres no samba e abrir espaço para novas artistas da cidade.
As apresentações terão formato acústico e participativo, aproximando público e artistas e promovendo uma experiência mais autêntica da cultura do samba. Além de celebrar a música, o projeto quer valorizar instrumentistas e cantoras formadas em iniciativas culturais e sociais, como a Oficina das Minas, reconhecida por fomentar a inclusão feminina no universo musical.
“É hora de olhar para as mulheres do samba”
A iniciativa é coordenada pela produtora cultural e pesquisadora Camille Siston, à frente da CSISTON Produção Integrada. Para ela, o novo espaço representa uma conquista simbólica e profissional para as mulheres da cena musical.
“Niterói sempre foi um celeiro de grandes músicos, mas ainda faltam referências femininas como instrumentistas. Ter um ponto fixo para o samba feito por mulheres é essencial para que o público e os contratantes reconheçam essa potência. É um convite para que bares, produtores e o poder público apoiem e acolham esses projetos”, explica Camille, autora da pesquisa “A invisibilidade da mulher no samba”, defendida em 2021 no PPCULT/UFF.

Nova geração e redes de afeto no batuque
O coletivo reúne nomes consolidados e novos talentos da cena niteroiense. Estão na formação Bárbara Guimarães (violão, Samba Que Elas Querem), Martinha (voz, Sambariah), Clarice Maciel (pandeiro e conga, Batuque de Pife e Choro das Minas), Raquel Marques (pandeiro, Samba Trio) e Jessyca Ugoline (voz e percussão, Samba Matilde).
Completam o grupo as jovens vozes Thainã Viana, Flavia Freitas, Carol Menezes, Danieli Farias, Cindy Krauser e Fernanda de Paula.
O movimento também tem inspirado novas formações femininas, como a Roda Clandestina, liderada por Carolina Vergara, aluna de surdo e produtora executiva do grupo. A troca entre gerações fortalece o aprendizado, o afeto e a criação de uma rede contínua de mulheres no samba.
Oficina das Minas: arte, empoderamento e cura
O projeto Oficina das Minas, também criado por Camille Siston, é um dos pilares dessa nova fase. A iniciativa oferece aulas gratuitas de percussão, violão e cavaquinho exclusivamente para mulheres, promovendo inclusão, empoderamento e combate à invisibilidade feminina no samba.
Além da formação musical, a Oficina atua em pautas como o enfrentamento ao machismo estrutural, ao etarismo e à homofobia, criando um espaço seguro e coletivo. Uma vez por mês, as alunas realizam um aulão aberto em espaço público, onde compartilham repertório, ritmo e vivência.
“Lugar de mulher é onde ela quiser”, reforça o lema do projeto, que já transformou a trajetória de dezenas de participantes e se consolidou como uma referência na cidade.
Serviço
🎤 Roda de Samba – Mulheres no Samba de Niterói: Nova Geração
📅 Estreia: 7 de novembro (sexta-feira)
🕕 Horário: 18h às 21h
📍 Local: Bar do Alex – Rua Dr. Paulo César, 297, Santa Rosa, Niterói
💸 Entrada gratuita | Contribuição colaborativa (ChaPix)