Último pedido de Jaguar será  atendido pela esposa

Jaguar ficou conhecido por suas charges cheias de humor – Reprodução TV Globo

Célia Regina Pierantoni, esposa do cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, o Jaguar, disse que vai realizar o pedido do marido para ser cremado. O curioso é que o cartunista queria que suas cinzas fossem  colocadas em bares que ele frequentava.

Segundo reportagem da TV Globo, Célia confessou que ainda não sabe como fará, mas que não vai deixar de atender ao pedido do cartunista.

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Célia Regina Pierantoni afirmou ao repórter Diego Haidar, da TV Globo, que ainda não sabe como fará, mas que não vai deixar de atender ao pedido.

O pedido dele foi registrado em cartório, na Santa Casa de Misericórdia, em fevereiro de 1997. Jaguar tinha 93 anos e morreu neste domingo (24). O corpo dele foi velado em meio a charges nesta segunda.

O corpo do cartunista foi levado para cremação no Memorial do Carmo, na Zona Portuária, na tarde desta segunda-feira (25). O velório começou às 12h e foi até as 15h30, quando o corpo foi encaminhado para a cerimônia de cremação, restrita a parentes e amigos próximos.

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Trajetória

Jaguar ficou conhecido por suas charges cheias de humor, sátiras e provocações, que marcaram a luta contra a ditadura. Considerado um dos principais cartunistas do país, ele trabalhou até o mês passado e deixou um legado enorme.

Ele  nasceu em 29 de fevereiro de 1932 no Rio de Janeiro, mas passou sua infância e parte da adolescência dividido entre as cidades de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e Santos, em São Paulo. Já de volta ao Rio, o cartunista começou a carreira desenhando na revista Manchete em 1952, aos 20 anos. Na época, ele trabalhava no Banco do Brasil, de onde só sairia nos anos 70.

Nos anos 1960, assumiu o pseudônimo que o acompanharia durante a vida profissional, após sugestão do colega desenhista Borjalo. O cartunista foi um dos criadores do jornal satírico O Pasquim, em 1969, com conteúdo ácido e crítico à ditadura militar vigente no Brasil.

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